A Preparação Alquímica como Ato de Consagração

🔥 Alquimia Operativa | News #027

Na Arte Alquímica, nada se manifesta sem propósito.

Cada destilação é uma prece em forma de vapor, cada fermentação é um oráculo que murmura segredos antigos, cada trituração de um sal é a memória do caos sendo ordenado pela intenção do espírito.

A preparação alquímica, portanto, não é mero preâmbulo técnico: é um ato de consagração.

Aquele que manipula substâncias sem antes manipular a si mesmo, nada mais faz do que agitar sombras.

O verdadeiro operador sabe que cada frasco é um espelho, e que o laboratório é também um altar onde se destilam essências e se purificam destinos.

  • Falar de preparação alquímica é falar da dignidade do alquimista.

  • É reconhecer que o sucesso das operações espagíricas não depende apenas da pureza da planta, mas da pureza da intenção.

A preparação alquímica exige recolhimento, disciplina e sintonia com as leis invisíveis que regem a Natureza e o Espírito.

Um operador disperso, emocionalmente turvo ou espiritualmente ausente compromete não apenas os resultados da obra, mas o próprio sentido da Obra.

Neste artigo, vamos refletir sobre as posturas interiores e exteriores que fazem de cada preparação alquímica um verdadeiro rito iniciático. Pois não basta fabricar elixires: é preciso tornar-se digno de ser instrumento da cura.

E para isso, é necessário operar não só com as mãos, mas com a alma desperta. Aqui começa a verdadeira Alquimia.

🜂 O Laboratório Invisível do Operador

“A Obra não se realiza apenas com instrumentos e substâncias. O coração do alquimista é o verdadeiro athanor.” 

– Jean Dubuis

Antes que qualquer chama se manifeste no athanor físico, é preciso que uma outra, mais sutil e constante, já esteja acesa no coração do operador.

Essa chama não consome matéria, mas purifica intenções. É neste forno invisível que a preparação alquímica verdadeiramente começa: não entre os frascos e retortas, mas na alma que escolhe servir à Natureza com reverência e silêncio.

O alquimista digno não manipula elementos como um técnico manipula reagentes.

Ele sabe que cada planta, cada sal, cada gota recolhida do céu ou da terra carrega uma presença. Continue lendo.

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