• Alquimia Operativa | News
  • Posts
  • Lei da Analogia Hermética no Século XVIII: Como o Esoterismo Ocidental Estruturou o Princípio das Correspondências

Lei da Analogia Hermética no Século XVIII: Como o Esoterismo Ocidental Estruturou o Princípio das Correspondências

🔥 Alquimia Operativa | News #066

A Lei da Analogia ocupa, na leitura rigorosa de Antoine Faivre em El esoterismo en el siglo XVIII, um lugar especial no edifício do esoterismo ocidental. No contexto do século XVIII, ela não surge como adorno doutrinário, mas como princípio organizador de uma visão integral do real, sustentando teosofia, alquimia e cosmologia espiritual em meio ao avanço do racionalismo moderno.

Para os autores estudados por Faivre, conhecer não significava dissecar ou reduzir. Conhecer era reconhecer relações. A analogia afirmava que entre todas as coisas existem vínculos necessários, não apenas simbólicos, mas ontológicos, capazes de revelar a unidade profunda que atravessa o cosmos.

A máxima da Tábua de Esmeralda, amplamente citada nas correntes analisadas no livro, não funcionava como metáfora poética. Ela operava como chave de leitura do mundo enquanto revelação progressiva do divino. Natureza, homem e Deus eram compreendidos como espelhos correspondentes, inscritos numa mesma ordem inteligível.

Faivre demonstra que essa lógica sustentava uma forma de conhecimento espiritual incompatível com a fragmentação moderna. Enquanto a razão separava, o esoterismo buscava reintegração.

Retomar esse princípio, mesmo em chave histórica, é reencontrar uma linguagem iniciática que ainda interpela o buscador contemporâneo.

Cadastre-se para continuar lendo

Este conteúdo é 100% gratuito. Você só precisa cadastrar seu melhor email para desbloquear todas as publicações.

Already a subscriber?Sign in.Not now